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domingo, 25 de julho de 2010

A pixar em Toy Story 3

A Pixar vem me trazendo boas surpresas nos últimos tempos. Os seus últimos filmes tem tido algo a mais, algo que não via nos primeiros desenhos, parece que os filmes estão amadurecendo. Eles sempre fizeram desenhos excelentes, que eu adorei e ainda adoro como Toy Story 1 e 2, Mostros S.A., Ratatouille, e o meu preferido Os Incríveis (para mim os mais fracos são Carros e Procurando Nemo, apesar desse último ser muito bem conceituado, eu não achei essas coisas, preferi Espanta Tubarões, que fez menos sucesso e foi produzido por outro estúdio). Mas os últimos 3 filmes deles, na minha opinião, tem um ingrediente a mais. Além de fazer rir com piadas e críticas inteligentes, como os primeiros, e ensinar sem frases redentoras e prontas, e lições de morais bobinhas como outros desenhos, e  filmes da Xuxa, os desenhos mais recentes da pixar,  emocionam  e fazem chorar. E trazem reflexões que são mais direcionadas para adultos do que para crianças.  
Veja Wall-e, um desenho que na primeira parte quase não tem falas e que  foi taxado como chato por muitas crianças, mas que mostrava um robô, que gostava de dança e música, e sabia amar, tanto que fez os seres humanos voltarem a amar  e lutar pela sobrevivência. É uma filme cheio de mensagens, com imagens e ações cheias de beleza e poesia. Um filme muito bonito. E é mais indicado para adultos do que para crianças (apesar que minha irmã , com 9 anos na época, adorou quando o viu).
Up também tinha esse ingrediente a mais, conta a saga de um idoso que depois que sua esposa morre, resolve realizar o sonho dos dois, ou seja , ir para America do sul, ter uma casa no alto de uma montanha. Para isso ele coloca milhares de balões na sua casa e vai voando com  ela para a América do sul, e por acidente leva um garoto da vizinhaça com ele. Nas cenas iniciais, de Up vemos um breve resumo da vida de Carl Fredericksen, que é uma das sequências mais belas e tristes que eu já vi no cinema, e que por si só ,  fez algumas pessoas chorarem.O final também trás  mais ensinamentos direcionados para adultos que crianças.
Consegui um tempinho para ir ao cinema, sai do serviço quase escondida, pisando com cuidado e fui assistir Toy Story 3, onde Andy, o dono dos brinquedos, está indo para faculdade, e os brinquedos não sabem qual vai ser o seu destino. O filme mostra  crianças pequenas que quebram e destroem os brinquedos, crianças e seus brinquedos preferidos e inseparáveis, e a discussão principal é :o que deve ser feito com os brinquedos quando seu dono cresce? Outra criança ainda poderá aproveitá-lo? Eles serão jogados fora? Ou guardados em caixas?
Há cenas engradíssimas com os brinquedos dos primeiros Toy Story, como o Buzz falando em espanhol e  a fuga dos brinquedos, há também outras com os novos personagem como a Barbie e o Ken. Há cenas  da infância do Andy, onde ele com sua imaginação fértil de criança, misturava cowboys, astronautas, extra terrestres, e animais numa mesma história de vilões e mocinhos. E  algumas situações que fazem chorar. Assisti o filme em 3d, e em certa parte, comecei a chorar, e não era só eu, escutei  vários soluços a minha volta, e foi um pouco incomodo, ter que tirar os óculos borrados dos meus olhos para limpá-lo, chorar com óculos de cinema 3d não é muito bom.
Ao final adorei o filme , e constatei que ele  mantém aquele ingrediente a mais que os últimos filmes da pixar tiveram.

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