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domingo, 20 de maio de 2012

Impressões da quarta temporada: Fringe

 Quando a terceira temporada de Fringe acabou. Muitos fãs ficaram impressionados e ansiosos pela quarta temporada.  Eu não. Os minutos finais do último episódio da temporada, embaralhou a minha cabeça,  e seguiu um caminho que poderia colocar a perder a excelência da série. Essa foi a impressão que me deixou. Se os seus realizadores não agissem com eficiência levariam Fringe para um buraco.  Então veio a quarta  temporada, já assisti todos os episódios e qual a minha opinião? Apesar de diversas críticas, eu gostei, a série conseguiu me ganhar novamente, com uma ótima temporada, não tão boa quanto à anterior, mas ótima. E mal posso esperar para a próxima que será a última e terá 13 episódios ( é ,Fringe foi renovada para quinta temporada depois de vários meses e boatos que inicialmente a cancelavam na quarta, são só 13 episódios, mas é melhor que nada, né?)
A temporada anterior terminou com fala dos observadores sobre Peter: Ele nunca havia existido. Pois é, ele fora apagado. A quarta temporada começa numa realidade onde o Peter Bishop não existe, ou melhor, o Peter adulto não existe, já que ele morre afogado quando Walter o seqüestra. E essa inexistência dele causou muitas mudanças à dinâmica da série.
Walter é reclusão, não sai do seu laboratório para fazer as investigações, Astrid é quem passa as informações para ele. Ele até mesmo mora no local. Sente uma imensa culpa, é bem solitário, e menos funcional ainda. Olivia não tem nenhum parceiro que a ajuda, e aparenta ser extremamente triste e solitária. Ambos, Walter e Olivia sentem um vazio, como se faltasse algo ou alguém.
Nessa dinâmica surge o agente Lincoln Lee (do lado A mesmo), e como um iniciante na divisão, acaba de certa forma apresentando essa nova realidade ao público. Ao mesmo tempo, o “fantasma” de Peter aparece e começa a assombrar Walter e depois de um tempo descobrimos que Olivia também.
Os episódios iniciais são  uma nova introdução dessa realidade, então é como se estivéssemos vendo um reinício, algo com elementos de primeira temporada. O lado B é mostrado (há uma ponte que liga os dois universos agora, e a comunicação e interação entre eles é bem mais fácil), e dá para entender um pouco a relação dos dois, que mesmo sem Peter adulto, travaram uma disputa, mas entraram numa trégua para “curar” os lados, combater ameaças, e são de certa forma aliados.
Assim, o início pode parecer lento, em certos fatores parecia outra série. Isso irritou muita gente. E o começo acabou não sendo tão empolgante como o da temporada anterior. Mas creio que foi necessário, pois era preciso conhecer os personagens novamente, ver qual o impacto a falta de Peter causou naquele mundo. Os episódios pareciam não deixar mais aquela gana para ver próximo (isso acontece mais no fim da temporada), mas até que eu gostei de alguns como o 4x03- Alone in the World (que título poético, né?, e bem condizendo com os acontecimentos da série), que teve até uma menção a Toy Story.
Depois de alguns episódios, chegou o momento que quase todos esperam, a volta de Peter ( final do episódio 4x04- Subject 9). As expectativas eram enormes, o que talvez tenha frustrado alguns. Peter voltou, mas esse retorno não mudou magicamente tudo a sua volta. E se tivesse acontecido isso, eu ficaria decepcionada, já que mágica é bem difícil de explicar logicamente. Ele encontra um universo diferente e não é reconhecido pelas pessoas com quem conviveu e  ama. Isso traz certo conflito e Walter e Olivia continuam afastados dele.
  Não reconhecendo o seu mundo, Peter acredita estar em outro Universo e quer de qualquer jeito voltar para casa. Ele se mantém um pouco afastado dos acontecimentos nesses dois novos universos (pelo menos no início), já que não quer se envolver, quer apenas ir para o seu mundo. Nessa fase, surge uma das principais discussões desse ano, Peter esta em outros universos C e D ou está no lado certo, já que os universos poderiam ter transformado nesses lados A’ e B’ (devido ao falta dele )? Essa discussão se estendeu bastante, sendo que houve pistas e argumentos a favor das duas idéias durante os episódios.
Bem, eu me mantive firme num lado e quando essa perspectiva foi elucidada, eu acertei (isso aconteceu finalmente no episódio 04x15-A short story about love). Mas tem gente que não entendeu,  e até hoje  espera esse assunto se resolver e a situação mudar ou tudo se transformar num passe de mágica. O episódio foi bem criticado por causa da explicação dada, eu compreendo essas críticas e concordo em certos fatores, poderia ter sido mais elaborado, mas apoio o que foi feito, eu só queria que as coisas se resolvessem e nos dessem uma resposta e até que eu não a achei tão ruim. Para mim, foi condizente com que estavam mostrando.
Todas essas mudanças abriram novos caminhos. Essa temporada conseguiu explicar bastante coisa das anteriores. Falou sobre quem são os observadores (um dos principais mistérios que ainda não tinha sido respondido, no episódio 4x14-The End of All Things principalmente). Novos personagens apareceram e antigos retornaram, novos relacionamentos foram formados, novos ganchos foram abertos, alguns vilões mostraram as suas faces e planos incríveis, algumas pessoas morreram. Tudo isso, de certa forma, ligou todas as temporadas de Fringe dando sentido a várias coisas que haviam sido abandonadas, como aqueles ataques bizarros realizados pelo Padrão na primeira temporada com vírus e criaturas mutantes (inicialmente no episódio 4x16- Nothing as It Seems, que é um caso da primeira temporada visto em uma nova perspectiva).
 Eu gostei bastante do episódio 4x12-Welcome to Westfield, que para mim marcou a guinada da série rumo a respostas sobre os acontecimentos. Foi um episódio diferente, com Walter, Peter e Olivia finalmente agindo em parceria, o que me fez lembrar das temporadas anteriores, e foi bem interessante vê-los presos em uma cidade cheia de ”zumbis”,  com o maior clima de tensão e terror. Muito legal. 
Houve ainda outros episódios que merecem ser comentados, como 4x19- Letters of Transit, que seguindo uma tradição da temporada anterior se passa no futuro. Ele abriu novas portas para onde a série poderia prosseguir, e ainda deu uma idéia de como seria o futuro dos seus personagens (um vislumbre), caso ela fosse cancelada ainda nessa temporada. Foi um episódio maravilhoso e ainda bem que provavelmente poderemos ver mais sobre ele. Há também o episódio com tom de despedida e saudade (4x20-Worlds Apart)...Quando me acostumei e comecei a gostar de certos personagens,eles nos deixam, eu fiquei emocionada.   
 E veio a final da temporada dividida em dois episódios (4x21,4x22- Brave New World). Ela pode ter sido mais calma que as anteriores, mas foi bem elucidadora. Muitos conflitos foram resolvidos e respostas foram dadas, disseram que serviria como final da série, caso ela não fosse renovada (possivelmente sem a cena final). E até que foi bom, não foi excelente, mas fechou muitas coisas, respondeu a maioria dos mistérios. Foi um ótimo trabalho.  
Enfim, gostei bastante dessa temporada, Fringe mostrou mais uma vez sua força, com muita qualidade, sendo condizente, respondendo perguntas e ligando coisas que pareciam esquecidas.  È um série coesa, bem escrita, onde cada trama é ligada (ou pode ser, todo episódio pode ser importante),cheia de mistérios mas que não deixa os fãs órfãos sem resposta.  E o fim do último episódio deixou mais um gancho e eu mal posso esperar para ver a quinta e última temporada, o fim da jornada de Olivia, Peter, Walter e companhia.
* A apresentação da série esse ano mudou, sua cor ficou laranja (segundo os produtores, pois para alguns é amarelo, até sépia já foi falado)
Quem gostou desse post pode se interessar por: Teorias Malucas de Fringe: Entrelaçamento Quântico, Teorias Malucas de Fringe: Universos paralelos, qual é o seu universo preferido o do Walter ou do Walternativo , Teorias Malucas de Fringe: Viagens no tempo, Tulipa Branca é possível? , Teorias malucas de Fringe: Os números falados por Walter, a sequência de Fibonacci  , Teorias malucas de Fringe: O gato de Schroding, Peter está vivo ou morto?   

6 comentários:

  1. Olá, parabéns pelo blog e post. Acompanho de forma invisível. ;)
    Fringe é sensacional. Li O fim da Eternidade por conta de um post seu aqui.
    Só uma correção no seu texto: onde vc diz: "A quinta temporada começa ... " é "A quarta temporada começa ..."
    Abraços.

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    1. Obrigada. Valeu por acompanhar os meus post. Espero que tenha gostado do livro haha. Ahh, já corrigi,realmente estava errado, é quarta temporada mesmo. Até o próximo, abraços.

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  2. Uma dúvida que me afronta: o que aconteceu com Ella, a sobrinha da Olívia que já foi mostrado que no futuro seria uma agente fringe?

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    1. Aquele futuro deixou de acontecer por causa da ação de Peter na máquina. Muitas coisas mudaram, assim, Ella ainda é uma criança que mora com o mãe e o pai ( já que nessa nova realidade Rachel não se separou do marido), e ahh, ela tem um irmão Edward. Esses personagens não foram mostrados na quarta temporada, mas quando a Olivia começa a perder a memória dessa realidade,uma das perguntas que ela erra é justamente, sobre sua irmã e sobrinha, aí Broyles revela essa informação de que Rachel ainda está casada e tem outro filho além de Ella.

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    2. Nossa, como vc respondeu rapido, kk
      não lembrava dessa cena com o Broyles, valew..

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    3. È foi uma cena rápida, e só mencionaram, por isso é fácil passar batida.

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