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segunda-feira, 18 de março de 2013

Série que amamos: La Femme Nikita

Este texto foi escrito originalmente para o blog manicômio series: Uma espiã num lugar hostil lutando para ter uma vida e não perder sua humanidade.

La Femme Nikita é uma série canadense que foi exibida entre 1997 e 2001, contando com 96 episódios divididos em 5 temporadas. Provavelmente muitos nunca ouviram falar dela (pois além de antiga, é pouco comentada), outros conhecem por causa da série “Nikita”, que é uma releitura do seu universo, alguns espectadores mais antigos do mundo das séries, podem lembrar-se de terem visto um episódio ou outro, e poucos foram (ou são) fãs dessa série. Eu faço parte desses últimos, ou talvez de uma parcela mais reduzida ainda, pois sou uma fã apaixonada (e viciada) de La Femme Nikita e a amo até hoje.

La Femme Nikita, de certa forma, foi uma inovação e ao mesmo tempo uma aposta arriscada. O canal USA queria um novo produto, e recebeu a proposta. Uma série de ação protagonizada por uma mulher trabalhando para uma organização internacional anti-terrorista e ultra-secreta.

Ação não era um gênero muito ligado ao público feminino (foi antes de Alias, sendo que essa na época da sua estréia chegou a ser chamada de mistura de La Femme Nikita com Felicity), e por sua protagonista pode-se notar que parte do público alvo eram as mulheres. Mas talvez outra visão de mulher: inteligente, independente, e com opinião.

E assim surgiu a série, que foi bem sucedida, se consolidando como o produto de maior audiência do canal a cabo nas suas duas primeiras temporadas, e até aumentando o número de espectadores.

Na época em que bate-papos e discussões sobre séries estavam em seus primórdios na internet, funcionários ligados a LFN além de irem a reuniões presenciais com os fãs, também participavam de fóruns da web para entender o seu público, sua vontade, o que funcionava e até acatar as sugestões mais interessantes.

Houve até uma campanha online em 2000 (da qual participei), Save LFN, para a série não ser cancelada depois do final “devastador” da quarta temporada. Após conseguir 8 episódios para finalizá-la, teve uma segunda etapa para a volta do ator Roy Dupois (Michael). No fim, Michael acabou aparecendo em 3 episódios.

A história, Nikita e Michael 


Nikita vive nas ruas e ao testemunhar um assassinato é acusada pelo crime e sentenciada a prisão perpétua. Essa é a principal diferença da história em relação á trama do filme francês que originou a série, a inocência de Nikita. E particularmente gostei, pois reforça a sensação de injustiça da protagonista.

Ela acorda na Seção 1, organização que forjou seu suicídio, e recebe duas opções, morrer ou trabalhar para eles. A heroína se revolta, mas acaba aceitando ser treinada por Michael.

Aliás, Michael já causava, e a química entre eles era evidente. Sendo que um dos principais assuntos da série acaba se tornando o relacionamento dos dois.

Michael, que era mentor de agentes e líder de missões, conseguiu se tornar um dos personagens mais interessantes que já vi. Inicialmente aparece como um operador (os agentes são chamados assim) quase perfeito, frio, ambicioso, manipulador, eficiente, dúbio/misterioso e sensual.

Mas sua aproximação com Nikita acaba se tornando seu principal ponto fraco para a organização, e que contraditoriamente lhe dava uma grande força e vontade de viver. E ele ainda era do tipo que se mostrava mais por suas ações do que com palavras.

Nikita fazia um contraponto a ele, rebelde, verdadeira, passional, resistia em aceitar que os sentimentos deviam ser suprimidos. Ela não era uma assassina e nunca gostou de se tornar uma. Se manteve cheia de determinação, mesmo sendo obrigada a matar, enganar e cometer outros atos desprezíveis para uma organização onde os fins justificam os meios.

Seu maior sonho era ser livre, ter uma vida normal com amigos, paixões e quem sabe uma família. Um sonho bem distante, já que a Seção 1 reprimia qualquer tipo de sentimento dos agentes, além da idéia de vida própria, considerando-os como falhas, pois a vida deles devia ser somente o trabalho.

E é engraçado pensar que com o decorrer da série e evolução dos personagens, Michael e Nikita parecem absorver parte do jeito do outro, com ele se tornando mais passional, e ela mais objetiva, e até cometendo atos totalmente impensados no inicio.

Outros personagens 


Além de Michael e Nikita, havia mais 4 personagens fixos:

Operations, ou Paul Wolfe, era o comandante da Seção 1. Inteligente, frio, ambicioso. Ele não se importava com a ação necessária para atingir seus objetivos. Em raras ocasiões demonstrou sentimentos genuínos com outros personagens como Madeline, Walter e outros, além de mostrar que também tinha desejos e vontades humanas, apesar de vis.

Madeline era a psicóloga e braço direito de Operations (além de amante dele). Para mim, era a pessoa mais fria e calculista da série, já que demonstrou muito poucos sentimentos, apesar de ter se mostrado fiel a Operations. Mas em relação aos outros agentes, ela os manipulava como ninguém, além de parecer adorar o jogo psicológico que fazia. E diversos dos planos mais complexos e cruéis foram idéias dela.

Birkhoff era o responsável pelos computadores, o mais novo de todos e um dos cúmplices do casal principal. Era um gênio, apesar de inseguro, bondoso, também possuía uma história triste.

Walter era o responsável pelas armas, sendo o mais velho dos personagens, com jeito hippie e doce, ele se tornou um dos maiores cúmplices de Michael e Nikita. Em certas situações também ajudou Birkoff e até mesmo Operations. Talvez por ser um dos agentes mais antigos, ou por uma ligação com o chefe, teve diversos atos seus relevados (coisas que fariam qualquer agente serem cancelados, ou, seja, mortos).

Os episódios 

A maioria dos episódios tem caráter procedural misturado com o desenvolvimento da história central, começando com um caso da semana (um inimigo ou grupo terrorista), e evoluindo a trama daí. Fora isso, há a narrativa de alguns arcos.

No piloto, após seu treinamento, Nikita é submetida a uma missão com pouca chance de sucesso, ao completá-la, passa a viver fora da organização e usufruir o status de agente.

O seu problema inicial é a dificuldade em matar, já que ela deveria ser uma assassina profissional, e sem essa capacidade, seria cancelada. Na primeira vez, ela acaba matando para salvar a vida de Michael, passando assim a matar em defesa própria ou de outro.

Nikita também busca ter uma vida “verdadeira”, mesmo que várias tentativas suas se mostrem frustradas.

Assim, ela acaba se tornando amiga da sua vizinha, Carla. Em outra fase arruma um namorado civil, Gray, com quem é obrigada a terminar devido à pressão da Seção 1.

Sobre seu passado, mostram que foi expulsa da casa pela mãe bêbada por causa do padrasto que batia e não gostava dela.

Há também seu relacionamento com Michael, e o jogo de sedução perpetrado por ele. Diversas vezes, ele mente e a manipula para conseguir algo dela.

O que não sabemos exatamente são as reais motivações dele. Pois suas ações escusas também serviam para protegê-la, como quando ele a convence a não fugir da organização (um teste já que a Seção sabia do plano de fuga), ou até terminar com Gray para preservar a vida do namorado. 

Ele também a manipula para enganar inimigos, como quando ambos são capturados e torturados, ele se declara e faz uma “confissão” com objetivo de ela passar informações ao torturador.

Só que em várias situações ele parece se importar verdadeiramente com ela.

Michael era casado com uma agente, Simone, supostamente morta, mas que fora capturada por inimigos (e então morre de verdade).

Já Operations foi soldado no Vietnã, e tem um filho, Steven, que se tornou criminoso e ele acaba protegendo-o com a ajuda de Nikita.

No season finale, Nikita chega ao limite após não conseguir matar um inocente. Ela está desiludida, não podendo cumprir certas ordens, viver sem liberdade e com a ausência completa de uma vida de verdade.

Sem seu conhecimento, ela é mandada para uma missão suicida, Michael a avisa e a ajuda fugir. Ela vai embora da organização, sem ninguém saber, até mesmo ele, que não tem certeza se ela escapou.  


Na segunda temporada, após 6 meses livre, inimigos capturam Nikita, ela foge, e acaba salvando Michael de uma emboscada. Enfim, ele descobre que ela está viva, e como não estava conseguindo viver bem sem ela, vai ao seu encontro.

Os dois passam a sua primeira noite juntos e Michael a convence a voltar para agência, com ele forjando seu paradeiro como prisioneira nos últimos meses.

Nikita volta e sua “reabilitação” é feita por Jurgen, que havia treinado Michael. Enquanto, ela se desilude com o segundo, pois esse não parece disposto a mostrar o sentimento de ambos. Ela se aproxima do primeiro, que parece ter um trunfo que o permite ter regalias na seção.

Jurgen não consegue manter o seu trunfo por mais tempo, acaba morrendo para completar uma missão, e até poupa a vida de Michael.

Depois há poucas situações românticas entre Michael e Nikita. Mas a questão da confiança entre eles parece melhorar. O jogo de manipulação não foi mais tão constante. Nikita pareceu compreender o jeito dele, e confiar mais, e ele nela, tendo conversas, trocando conselhos, servindo de apoio ao outro e sendo cúmplices em alguns pontos.

A carreira de Nikita evolui: ela comanda sua primeira missão, toma uma decisão sobre outra agente, e até se torna o braço direito do Operations substituto quando o primeiro é baleado.

Já Michael, antes da Seção, era um estudante rebelde e fazia parte de um grupo terrorista francês, tendo inclusive uma irmã e um sobrinho que observa de longe.

Operations sofre um atentado, mas Madeline com seu jeito sinistro faz os médicos fazerem o “inimaginável” para salvá-lo.

Walter casa com Belinda, uma agente que esperava cancelamento, e pouco depois ela morre, deixando o velho hippie de coração partido.

Aparece o marido de Madeline que foi “afastado” por Operations, sem ela saber, mas após seu retorno, ela acaba matando-o.

O final da temporada nos apresenta Adrian, a fundadora das Seções (são mais de uma). Ela sai do limbo por achar que a Seção 1 ultrapassou suas atribuições e quer tirar Operations do poder. Ela atrai Nikita, usando Carla (a amiga), que na verdade era uma agente sua.

Adrian pede ajuda para tornar o lugar mais justo e voltar as suas funções imaginadas (um dos fatores contestado por ela, era a organização usar suas capacidades para colocar no poder certos líderes políticos, um deles era o próprio Saddam Hussein!).

Descobre-se que Nikita estava trabalhando com Operations, e eles conseguem prender Adrian. Mas antes, ela faz o chefe convencê-la que tais ações da Seção 1 são corretas, e que estão fazendo o bem maior. 


Na terceira temporada, há, para mim, a primeira grande escorregada na trama. Descobrimos que Michael tem uma esposa, Elena e um filho pequeno, Adam. Ambos civis.

Essa família é resultado de uma missão para atingir o pai de Elena, um inimigo que vive escondido e fora do alcance da seção. E Michael há anos desempenha o papel de um homem comum.

È difícil engolir que Michael com suas dificuldades sentimentais (frieza, problemas em demonstrar sentimentos) tenha permanecido por tanto tempo como um pai amoroso e marido perfeito. E ainda passando por perdas que o abalaram completamente nesse período, a primeira com Simone, e depois a fuga de Nikita, que ele achava que morrera.

E esse lado sentimental poderia até ser entendido se não houvesse outros fatores. Como Michael, que parecia estar sempre presente na organização, saia em diversas missões que demandavam dias de dedicação exclusiva, tinha tempo de conciliar a família, justificar tantas ausências e ainda parecer alguém tão normal?

Como Operations o tratava como descartável se ele ainda tinha uma missão a cumprir: não querendo resgatá-lo em uma ocasião, deixando-o sozinho em situações arriscadas e até planejando o seu cancelamento quando ele não apresentava um bom rendimento. Não seria muito lógico, já que perderiam anos de trabalho.

Mas tirando as incoerências, a vida familiar de Michael estava chegando ao fim, já que a seção envenena Elena, obrigando o pai aparecer. Michael o mata, completando sua missão, e para sua família, ele também é assassinado. 


Após “perder” a família, Michael acaba encontrando sua vontade de viver em Nikita, seu relacionamento com a protagonista parece ser a única coisa verdadeira que resta a ele.

A mãe de Nikita aparece recuperada do alcoolismo e arrependida do que fizera a filha. Ela não acredita que Nikita tenha morrido, e tenta encontrá-la. Com medo do que a Seção possa fazer com sua mãe, Nikita pede ajuda a Michael para ter uma espécie de reconciliação e despedida dela.

A localização da seção 1 é descoberta (ficava em Paris), eles acabam explodindo local antigo e arrumando um novo lugar para a agência.

Na fase final da temporada, Michael resolve assumir seu romance com Nikita. E eles passam a mostrar abertamente que estão juntos. Coisa que não agrada seus superiores. Que além de rebeldia, viam os dois juntos como uma dupla muito poderosa, com força e ambição suficiente para tomar o poder da organização no futuro (impressão reforçada pelo curto período em que Michael assume o comando da organização e é bem sucedido com Nikita ao seu lado).

Vendo a ameaça dos dois, Madeline e Operations ordenam uma separação. Com a recusa do casal. Eles rebaixam Michael, fazendo-o passar por situações humilhantes, e de risco, além de ocorrer mortes e falhas em missões por causa da incompetência dos novos responsáveis por elas.

Nikita não agüenta ver o que isso causava ao ego de Michael, além das perdas humanas e problemas na Seção e tenta terminar com ele. Mas os dois continuam se encontrando em segredo, e contando com a ajuda de Walter nisso.

Após um tempo, Madeline e Operations descobrem sobre os encontros e resolvem tomar uma atitude mais drástica. Fazem Nikita passar por um processo, um tipo de lavagem cerebral que obteria agentes perfeitos, anulando seus sentimentos e criando pessoas apenas empenhadas em terminar as missões.

Nikita perde sua capacidade de amar e sentir compaixão e com isso até mesmo “esquece” o seu amor por Michael. 


Na quarta temporada, vemos Michael deixando de lado suas ambições e arriscando sua vida ao se tornar o inimigo n. 1 da seção somente para conseguir sua amada de volta (muito fofo!).

Aliás Nikita parece um robô, sem expressão e pronta a seguir as ordens cruéis da agência, além de tentar até enganar Michael.

Ele acaba sendo caçado com empenho pela organização, e se mostra tão sagaz que consegue até mesmo invadi-la, ameaçá-la, conseguir informações e levar pessoas dela sem ser capturado. Chega a contar com ajuda velada de Walter e Birkhoff, mas era quase que um homem sozinho contra uma organização inteira!

Michael descobre que a primeira paciente da lavagem cerebral foi Adrian, e como reverter o processo em Nikita. Ele captura a amada e age à força.

Nikita retoma a sua capacidade de sentir, voltando a se relacionar com Michael, mas talvez algo do processo restava, já que suas expressões e ações, parecem mais frias.

Ainda há mais uma tentativa de separação do casal com Nikita numa missão onde ela se casa com outro e até cria vínculos com seu marido. Mas isso acaba logo, depois que descobre que seu esposo era um espião de outra organização.

Descobrimos que Birkhoff era filho de uma falecida agente da seção 1. Ele e seu rmão gêmeo, Jason, participaram de um experiência. Enquanto ele cresceu dentro da Seção, Jason fora criado por uma família normal. Walter é quem acabou escolhendo qual gêmeo ficaria e qual não.

Birkhoff chega a conhecer o irmão, mas pouco depois morre para salvar a agência de uma máquina com inteligência artificial que ele próprio havia criado. Seu irmão é capturado pela Seção, e é obrigado a se passar por ele.

Ainda mostram a interação da agência com outras 2 outras Seções, a 12 e a 8.

Ao final da temporada, Nikita consegue fugir com a ajuda de uma organização terrorista. Ela volta e convence Michael a ir com ela (como seria bom se a série terminasse aí..).

Mas ambos são capturados, e é emitida uma ordem de cancelamento para ela. Entretanto sua morte é evitada quando o Centro, uma organização superior e responsável pelas seções, toma o controle. 

Revelam que Nikita estava trabalhando infiltrada para o Centro, vigiando e analisando os agentes da Seção 1. Como assim??? Sim! Nikita era uma fingida e traidora há 3 anos.

E novamente a série escorrega geral em sua trama, sendo essa até pior do que a da família de Michael. Por uma reviravolta que ninguém esperava, eles literalmente chutaram o pau da barraca, e desconstruíram a nossa protagonista e todas as situações que ela viveu desde a sua primeira fuga da seção 1.

Como Nikita conseguiu enganar agentes inteligentíssimos (e até o público) durante tanto tempo e com todas as situações vividas incluindo até uma lavagem cerebral? Como alguém tão guerreiro e verdadeiro agiu de maneira tão falsa e traiçoeira? Então naquelas situações em que se sentia traída, injustiçada e manipulada por Michael e pela Seção, ela estava sendo hipócrita?

Foi completamente sem base, pois eu via as reações dela e a série seguia o seu ponto de vista, e ela não traiu somente seus companheiros, mas também a mim (kkk),

Preferi pensar que a culpa não era da personagem e sim dos roteiristas imbecis que tiveram essa idéia (kkk), sendo que até alguns deles não conseguiam explicar quem Nikita era depois disso (*).

Após a grande revelação, Nikita se mostra pronta a decidir o destino de todos da Seção. Operations é mantido no poder apesar de vigiado. A verdadeira identidade de Jason é revelada, e ele continua na organização. Walter perde seu cargo na Seção e é transferido para um lugar menos importante. Madeline se suicida antes de receber a decisão de Nikita.

E Michael? O que aguarda o grande “amor” da protagonista? Ele é mandado em uma missão suicida. Mas em vez de morrer, Nikita o ajuda a escapar, não sem antes dizer que nunca o havia amado e ele “chorar” uma lágrima de sangue. Pelo menos algo bom: essa cena é belíssima, uma das mais bonitas da série.

E esse seria o fim de La Femme Nikita, se não fosse os fãs. Ainda bem!!! 


Na quinta temporada, Nikita é incumbida de supervisionar Operations enquanto enfrenta uma grave ameaça, vários grupos terroristas se reúnem e formam o Coletivo que quer destruir a Seção 1. Até Walter acaba voltando para ajudar.

Ela descobre que é filha do Sr. Jones, o verdadeiro comandante do Centro (por isso executaram o assassinato testemunhado por ela, para recruta-la), e seu pai quer que ela trilhe um caminho no poder, começando como Operations da Seção 1.

As ações cada vez mais ousadas do Coletivo, incluindo uma tentativa de assassinato de Operations, fazem suspeitar que alguém esteja passando informações aos terroristas.

Descobrimos que o informante é Michael e ele acaba usando sua aproximação com o Coletivo para voltar a Seção 1.

Nikita confessa que mentiu sobre seus sentimentos. E os dois voltam a ficar juntos. Sendo que ele tenta convence-la a ir embora e longe de lá construir uma vida normal com ele.

Os planos dos dois são interrompidos quando Adam, o filho de Michael, é seqüestrado pelo Coletivo que querem o Sr. Jones em troca.

Antes disso, Operations tenta impedir o seqüestro de Adam, e apesar de ter objetivos escusos com essa ação “heróica”, penso que ele acaba morrendo de uma forma redentora, já que o faz, tentando salvar uma criança.

Sr. Jones se entrega por Adam, sendo assassinado, mas antes faz Nikita prometer que se tornará Operations.

Michael vai embora com o filho, mas insinua que quando o garoto não precisar mais dele, voltará para Nikita.

Nikita termina sozinha, e comandando a Seção 1, enquanto Michael de certa forma, havia conseguido o que ela mais sonhava em ter: uma vida normal longe da espionagem. Um fim triste, mas consistente com o mundo cão de La Femme Nikita.

Conclusão

La Femme Nikita teve grandes defeitos em sua narrativa, como acontecimentos e reviravoltas sem base, mas conseguiu preservar o meu vício com sua história densa (apesar de alguns episódios e soluções equivocadas), bons diálogos, e principalmente os seus personagens bem construídos e complexos, que mesmo evoluindo não traiam a sua proposta inicial. No caso de Nikita até traiu, mas colocando parte da sujeira atrás da porta (kkk), ainda consigo entender cada personagem. Assim, não foi uma série perfeita, mas com certeza, é uma que merece ser vista e que eu amo. 


Informações Extras

(*) No livro Inside Section One, o próprio Michael Loceff diretor executivo de roteiro e roteirista de La Femme Nikita, não conseguiu conciliar as ações de Nikita após a quarta temporada, até parece que como eu, ele tenta esquecer o ela fez ao descrever seu perfil psicológico, como mostra o trecho traduzido: “Nikita foi a personagem perfeita para escrever, porque ela teve que fazer algo que era contra a sua natureza, ela teve que permanecer viva, [mas] ela não queria necessariamente permanecer viva por que tinha medo da morte. Eu acho que ela viu a angústia no mundo e queria reduzi-la. Ela queria fazer o bem, [mas] se morresse não conseguiria fazê-lo. Ela realmente detestava a organização em que se encontrava, mas ainda, em um nível básico, acreditava nas mesmas coisas que a organização. Mas isso, claro, foi antes da quarta e quinta temporadas, quando seu papel e suas razões de estar na Seção foram revelados ser diferentes dos que pensávamos que eram”.

* O título de todos os episódio da série tem o mesmo número de palavras que o número da sua temporada, os da primeira temporada, 1, da segunda 2 e assim por diante.

* Uma das falhas mais visíveis é a baixa qualidade dos efeitos especiais, principalmente em relação às cenas de explosão. Acontece que o orçamento era baixo, e além de aproveitar cenários, figurinos e cenas, eles também economizavam nas técnicas dos efeitos.

* Na segunda temporada, começou aparecer em certas cenas, em segundo plano um homem de cavanhaque (Goatee Man), assim como observador de Fringe, fãs também perceberam e passaram a procurá-lo. No fim da temporada, descobriu qual era o objetivo dele.

* Alguns envolvidos em LFN se reuniram novamente e fizeram outra série de espionagem, que é bem mais conhecida, 24 horas.

* Alberta Watson que interpretou a Madeline em La Femme Nikita, apareceu em “Nikita” com uma personagem de mesmo nome.

4 comentários:

  1. Soy una gran admiradora de esta serie y la verdad no me gusto el hecho de que la cancelaran! La verdad creo que por mas que hagan otras series con el mismo nombre y personajes nunca van a poder lograr el impacto de la primera. Tanto Peta como Roy han interpretado de una manera escepcional a sus personajes, y no creo que nadie pueda superarlos o parecerceles! Ojala algun dia pudieran lograr reencontrar a estos actores nuevamente para volver a verlos en la pantalla! Ya que el final de la quinta temporada ha sido dejado como una suerte de interrogante! Nikita como operaciones y Michael teniendo una segunda oportunidad para criar a su hijo! Quien sabe, quizas podrian partir de ahi para lograr una nueva Nikita y que todos los fanaticos puedan volver a verlos juntos!!!! Ojala algun dia suceda! Gracias por La Femme Nikita! Saludos!

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    1. La Femme Nikita realmente é uma série marcante, lembranças de adolescência que não voltam mais para mim. Roy e Peta inesquecíveis, seria um sonho vê-los contracenando juntos novamente

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  2. ❝Na terceira temporada, há, para mim, a primeira grande escorregada na trama. Descobrimos que Michael tem uma esposa, Elena e um filho pequeno, Adam. Ambos civis.

    Essa família é resultado de uma missão para atingir o pai de Elena, um inimigo que vive escondido e fora do alcance da seção. E Michael há anos desempenha o papel de um homem comum.

    È difícil engolir que Michael com suas dificuldades sentimentais (frieza, problemas em demonstrar sentimentos) tenha permanecido por tanto tempo como um pai amoroso e marido perfeito. E ainda passando por perdas que o abalaram completamente nesse período, a primeira com Simone, e depois a fuga de Nikita, que ele achava que morrera.

    E esse lado sentimental poderia até ser entendido se não houvesse outros fatores. Como Michael, que parecia estar sempre presente na organização, saia em diversas missões que demandavam dias de dedicação exclusiva, tinha tempo de conciliar a família, justificar tantas ausências e ainda parecer alguém tão normal?❞

    Se nao me engano, vi isso em algum wikia talvez, essa relação do Michael com essa Elena foi planejada pela Seção 1

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    1. Foi sim, mas é que por esses problemas acima é meio difícil engolir. Inclusive Michael em mais de uma vez nesse período esteve prestes a ser cancelado. Se ele tinha um missão importante em andamento que não poderia ser substituído facilmente por outro, como quase foi cancelado? Enfim, típico de reviravolta de última hora que acaba fazendo um buraco na trama.

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