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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Homeland - 03x04: Game On (Review)

Postagem episódio anterior:Tower of David.  
Episódio pra deixar a cabeça com mil interrogações... Mas finalmente Homeland parece mostrar a que veio nesse ano.
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<
Começando pelo lado menos interessante, ou seja, a família Brody. É curioso como insistem em criar uma história pra Dana, talvez para manter a família em tela, sendo que agora vieram com essa trama de amor adolescente e fugitivo.
Com direito a uma “virada” que não fez a mínima diferença para mim, já que o “príncipe” perturbado de Dana pode estar escondendo coisas e ser o assassino do seu irmão. Poderia ser uma referência ao pai sombrio da menina? Com ela sempre sendo atraída por esses tipos duvidosos? Só que essa estória já me encheu e prefiro nem pensar muito nessas perguntas.
Uma coisa que gostei é que “responderam” minhas indagações em relação a Mike, pois é, não gosto do personagem, mas foi bom vê-lo dando apoio a Jessica, dado que isso era coerente.
E na verdade até que apreciei as cenas dele com ela, mais do que as de Dana com o seu namorado (exceção daquela em que ela conta sobre a despedida de Brody antes de ir para o Iraque, é forte o que ela fala). Talvez pudessem investir um pouco em Jess e não só na Dana.
Agora indo pro lado mais interessante, e que até agora não sei bem o que pensar, Carrie, a CIA, a caçada aos terroristas.
Que baita reviravolta, não?  Não vou mentir e dizer que foi surpreendente pra mim até o fim, pois no decorrer do episódio, depois de passar por duros percalços pra sair do Sanatório, a falta de dinheiro e até tentar fugir sem sucesso...  Quando Carrie estava prestes a ceder pro outro lado (eu sempre imaginei que por sua personalidade, esse era um limite que ela nunca passaria), achei que seria o momento em que ela se tornaria uma agente dupla.
Pensei que quando propusessem a aliança, ela se negaria, voltaria para casa e seria procurada por Saul que botaria o seu plano em pratos limpos e a faria aceitar a proposta se tornado uma agente infiltrada da CIA para acabar com os iranianos.
Mas não foi bem isso que aconteceu.  Só que no fim, o resultado foi o mesmo, e quando Carrie procura Saul vimos que tudo estava armado e ela de fato já trabalhava para a CIA.
Isso me trouxe certo choque, não por ela ser agente dupla, mas por Carrie já está ciente desse plano há algum tempo. O que torna grande parte das coisas vistas nos 3 primeiros episódios mentira ( acontecimentos que foram criticados e que segundo alguns até afastaram um pouco do público, será que precisava de tantos episódios numa mentira?).
Pode-se pensar: Nossa que reviravolta surpreendente... Realmente foi, não nego. Mas me pareceu um tanto “24 horas” e até mesmo me lembrou de uma virada que eu contestei muito na minha série preferida (e finalizada) La Femme Nikita (provavelmente poucos devem ter visto essa série).
A minha questão é, qual a base para essa reviravolta?  Em diversos momentos Carrie parecia genuinamente abalada, revoltada pela injustiça que sofria, e alguns desses, como sua reação ao depoimento de Saul, o foda-se para ele, o sofrimento no sanatório, e outros, nem tinha gente a observando, então se não era verdade e ninguém a via, por que agir daquela maneira?
Assim, eu comecei a ler sobre esse episódio para tentar esclarecer as minhas duvidas. E acabei encontrando algumas sugestões interessantes como a de que Carrie não saberia de todo o plano desde o início. E que somente após a visita de Saul ao Sanatório, ou em algum momento depois , ele tinha revelado a ela o seu verdadeiro objetivo. Pois a base de que Saul planejava algo estava lá, já que numa conversa com Quinn, ele deixa algo assim subentendido.
Pra mim essa ideia parecia ótima, e a maioria das reações sem público (com exceção dos espectadores, é claro) de Carrie seriam genuínas.
Mas não... Nesse ponto, acabei achando a entrevista do nosso caro produtor Alex Gansa, e segundo ele, Saul e Carrie planejaram a trama toda uns dias após o ataque ao prédio da CIA, assim ela já estaria ciente desde o início da temporada.
Na entrevista, ele explica as reações dela e argumenta que elas funcionariam para as duas situações. Bem, ele pode achar isso, mas não conseguiu me convencer. E no caso a base dessa virada continua um tanto forçada pra mim.
Toda essa situação lembra um pouco a reviravolta do episódio 8 (Achilles Heel) da primeira temporada, onde logo após Brody passar o seu fim de semana com Carrie, se revela que ele trabalhava pros terroristas.
Talvez esse seja um dos poucos episódios que dei uma opinião de certa forma negativa (sou fãzona de Homeland não nego). Me debati sobre o que era verdadeiro ou falso, pensei que não teria base.  Sendo que acabou se mostrando que realmente tinha, já que Brody estava preso numa espécie de arapuca e possuía sentimentos verdadeiros acerca de tudo. E suas emoções nas cenas em que estava sozinho não era fingimento.
 Mas por enquanto, eu ainda não consigo ver isso nas de Carrie. E bem...  Há uma pequena diferença, pois naquela época ainda não se conhecia Brody (e o próprio caráter do personagem era dúbio).  Só que atualmente após tantos episódios, penso que entendo Carrie um pouco, até porque ela nunca foi tão dúbia quanto Brody acerca das suas motivações.
Bem, toda essa argumentação minha é só um aparte. Pois essa virada trouxe pontos positivos. Por exemplo, agora já se entende a trama dessa terceira temporada.
 A luta contra o terrorismo está em voga, e Carrie é um ponto central dela, Saul não perdeu tanto assim a sua integridade e não traiu sua pupila como se supunha. A série parece que vai andar daqui para frente, mostrando a tensão a qual estamos acostumados ao tentar capturar os responsáveis pelo atentado na sede da CIA.
E de quebra, esse episódio também deixou uma abertura para volta de Brody a trama principal. Já que há ligações terroristas em Caracas, o que nos faz pensar que o traficante que mantém o ex-sargento cativo, aja não por um favor a Carrie, mas talvez por uma ligação com os terroristas.
Enfim, Game On me deixou cheia de dúvidas, e teve um evento bombástico, o que já é um indício de que o nosso velho thriller de espionagem está de volta (talvez forçando um pouco mais na reviravolta, não sei, muitas vezes em Homeland não dá pra saber, pois depois  pode nos provar que estamos errados).  Mas aumentou as minhas expectativas, e quero muito ver o que vai acontecer.
Próximo Episódio...

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